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No mau humor das Bolsas que não poupa nem criadoras de vacinas da Covid, médica-gestora da JGP vê chance ‘preciosa’

|24.05.2022

Por Rennan Setti (O Globo)

Não tá fácil pra ninguém — nem para quem desenvolveu as vacinas que vêm tirando o mundo da primeira pandemia em cem anos.

No azedume dos investidores com o aperto de juros nos EUA, uma das maiores baixas tem sido das empresas de biotecnologia. Depois de um boom no primeiro ano da Covid, esses papéis acumulam desvalorização de 40% este ano. Desde o pico, em fevereiro de 2021, o fundo SPDR S&P Biotech ETF — a principal referência para ações desse nicho — tombou quase 60%.

Mas uma gestora de fundos que é médica, com pós-doutorado na prestigiosa Johns Hopkins, nunca esteve tão otimista com seu setor de predileção.

— A Covid reacendeu o interesse para o setor de saúde, mas os investidores brasileiros ainda não entenderam. Não sei dizer se vamos entrar em breve em um “bull market”, mas os “calls” para uma recuperação de longo prazo estão dados. Um deles é o aumento da longevidade e a consequente inversão das pirâmides etárias. Separando o joio do trigo, é um momento precioso para investir, porque os valuations estão muito baixos — conta Suy Anne Rebouças.

Oftalmologista de formação, Suy Anne entrou no mercado financeiro durante o pós-doutorado nos EUA e, desde 2017, é responsável pelo JGP Health Care. O fundo da gestora carioca de André Jakurski foca exclusivamente em ações de empresas estrangeiras na fronteira da ciência. Suy Anne acaba de lançar longa carta de gestão do fundo que é uma verdadeira “profissão de fé” sobre as virtudes que enxerga no nicho.

Longo prazo

Com patrimônio de R$ 96 milhões, o veículo tem 150 papéis na carteira, com pesos mais pronunciados em firmas como Moderna, responsável por uma das vacinas da Covid baseadas em RNA mensageiro; Intuitive Surgical, que faz equipamentos para cirurgia por robô; e Vertex, que elabora medicamentos para tratamento da fibrose cística.

O retorno acumulado desde a chegada de Suy Anne é de 105%, mas o fundo recua cerca de 28% este ano, pressionado pelo mau humor dos investidores com o setor:

— Das nossas empresas, nenhuma se destacou positivamente porque, em um ambiente como esse, nem boas notícias fazem o mercado reagir. Resultados positivos sobre novas drogas, por exemplo, não tem resposta efusiva em momento mais turbulento. Receosas, as pessoas fazem rotação de carteira, e o setor sofre. Mas, para investir nesse setor, tem que ter horizonte de longo prazo. 

Um dos exemplos que Suy Anne usa para justificar a exigência de visão de longo prazo é o da própria Moderna:

— O setor de biotecnologia é muito marcado por especulação, com saltos grandes para cima e para baixo. A gente investiu na Moderna logo depois do IPO, chegamos a ter um ganho de 800%, a certa altura, com ela. Só fomos capaz de capturar essa apreciação por causa da paciência de longo prazo. E continuamos com ela na carteira.  

Acesse a matéria original aqui.

Leia a primeira carta da Gestora de Health Care aqui.