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A JGP é uma tradicional gestora de recursos e de patrimônio brasileira com escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo. Nosso compromisso de longo prazo é aliar retornos consistentes com o gerenciamento de risco ativo, visando preservar o capital investido por nossos investidores.

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Com pauta da sustentabilidade em alta, XP inova com maior evento dedicado a ESG no Brasil

|26.03.2021

Por Estadão

Se antes de 2020 as finanças sustentáveis e o investimento responsável e de longo prazo estavam restritos a nichos, agora o cenário é outro. O ‘tsunami ESG’ acelerou a tendência de mudança na lógica das alocações financeiras, inclusive no Brasil. Hoje parece mais claro que empresas, investidores e consumidores têm, sim, um papel na transformação rumo a um mundo com mais qualidade de vida.

De olho nisso, a XP Inc, que democratizou o investimento no Brasil, está fomentando a discussão sobre investimentos ESG, sigla em inglês para Environmental, Social and Governance (ambiental, social e governança, em português), responsáveis e de impacto social. Depois de aprimorar a diversidade dentro de casa e colocar produtos sustentáveis na sua plataforma no ano passado, em 2021 a companhia vai dedicar uma versão “pocket” da sua tradicional Expert para falar somente sobre o tema ESG.

“ESG vem ganhando relevância. Para a transformação acontecer, todos nós precisamos liderar a construção de um mundo melhor, e por isso convidamos os maiores especialistas do mercado para discutir este movimento. Queremos promover o debate e conscientizar nossos stakeholders, incluindo nossos clientes, sobre sua responsabilidade e seu potencial como agente de mudança”, explica Marta Pinheiro, diretora ESG da XP.

Mas o que é investimento ESG?

Um investimento ESG é o que analisa os dados sobre as práticas da empresa nas esferas ambiental, social e de governança. Na ambiental, por exemplo, são analisados indicadores como consumo de água e energia. No âmbito social, a análise pode se dar sobre o percentual das operações da companhia que têm plano estratégico para comunidades locais. Por fim, na questão da governança, vale observar o percentual de funcionários treinados no código de ética da companhia.

Para além da definição de ESG, o investimento sustentável e responsável derruba a tese de que só importa a relação entre risco e retorno. Ao trazer a perspectiva de longo prazo para o estudo da companhia, o investidor sonda se a firma está ajustando suas operações, políticas e modelo de negócios. Ela vai conseguir sobreviver às mudanças climáticas ou melhorar a qualidade de vida da comunidade e dos consumidores? Se sim, pode ser um bom negócio.

Em outras palavras: não é só potencial de crescimento que conta. Fatores como adaptabilidade, inovação e responsabilidade social ganham peso.

O tamanho do mercado

Até o início de 2020, havia mais de US$ 30 trilhões em ativos sob gestão (AuM, na sigla em inglês) de fundos que se definiam como sustentáveis. Isso equivalia a 36% do total investido no mundo. No pré-pandemia, as alocações globais nesse tipo de investimento cresciam 17% ao ano, segundo dados da PWC e da Global Sustainable Investment Alliance.

Ainda não há números detalhados sobre o mercado brasileiro, mas a XP já nota intenso movimento na direção de reverem seus portfólios seguindo critérios ESG. Como num efeito dominó, isso incentiva as firmas investidas a ajustarem suas operações e projetos. Caso contrário, elas perdem importância entre as opções de investimento.

A Europa dá o exemplo de potencial de crescimento do mercado. Há ali US$ 14 trilhões em ativos sustentáveis – mais de 50% do capital total alocado. Segundo pesquisa da PWC, até 2025, 60% de todo o investimento em solo europeu será no padrão ESG. E quase 80% dos investidores institucionais pretendem parar de comprar ativos não ESG nos próximos dois anos.

Aprendendo na Expert XP

Para a maior parte do mercado, essa é uma nova forma de pensar tanto o negócio quanto a alocação do investimento. O aprendizado tem sido constante, e nomes de peso nacional – como Denise Hills, da Natura; Pedro Wickbold, da marca homônima de pães; e Jean Jereissati, da Ambev – estão confirmados na programação para falar sobre práticas sustentáveis nas suas respectivas companhias.

Na frente de investimentos, haverá painéis discutindo formas de integração dos fatores ESG em diferentes classes de ativos. Alexandre Muller, da gestora JGP, e Mathilde Dufour, da Mirova, casa referência em análise ESG, fazem parte do painel sobre crédito.

Já sobre análise de ações, os painelistas também são de casas referência em finanças sustentáveis. A começar por Cindy Shenoide, da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo. Outra confirmada é Hilde Jenssen, da gestora Nordea, que, por se posicionar contra o desmatamento, parou de investir em JBS e questionou os dados do governo federal sobre o desmatamento na Amazônia.

Uma frente que também cresce no País é o investimento de impacto social, que considera apenas empresas cujo próprio produto gera impacto positivo. Porta-vozes das gestoras Vox, Mov, Positive Ventures e GEF Capital vão falar sobre o tema e suas tendências.

“Os assessores, consultores e banqueiros são o canal entre o mercado financeiro e o cliente final. São eles que vão fazer a diferença e ter o trabalho de converter os investidores plantando a primeira semente e trazendo o conhecimento desse tema”, ressalta Beatriz Vergueiro, head de Produtos ESG da XP.

A programação completa do evento pode ser conferida aqui. A Expert XP ESG começa às 11h da terça-feira, dia 2 de março. Serão quatro dias de painéis pela manhã, à tarde e no início da noite.

Leia a matéria original do Estadão aqui.