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Cenário de pouso suave impulsiona boa performance dos ativos globais

|09.01.2024

Dezembro foi novamente um mês positivo para ativos de risco nos EUA. A bolsa de valores subiu 4,5% no mês (S&P500), totalizando 14% nos últimos dois meses do ano e 26,3% em 2023. Esta recuperação na bolsa foi ampla pois, considerando pesos iguais para as ações do S&P500, a alta teria sido de 6,7%. De fato, ao longo do ano, a bolsa foi impulsionada pelas ações com maior participação, o que resultou em uma performance anual de 14% para o índice com pesos iguais.

As taxas de juros de 10 anos dos títulos do tesouro caíram 50 pontos base para 3,9%, totalizando uma queda de 110 pontos em novembro e dezembro, encerrando o ano em um nível praticamente igual ao observado no fim de 2022. As taxas de high yield tiveram queda de 8,3% para 7,6%. O retorno da cesta de treasuries com vencimento entre 7-10 anos foi de 3,0%, totalizando 7,4% no bimestre final de 2023. No ano, a cesta de treasuries subiu 4,4%, enquanto o portfólio de high yield subiu 12,9%, praticamente igualando a performance do S&P500 com pesos iguais. A boa performance dos ativos de risco pode ser atribuída, em parte, à percepção de que o banco central conseguirá obter um pouso suave com a inflação caindo para a meta sem custo em termos de atividade econômica e emprego. Isso abriria espaço para o corte de juros mais cedo.

No início de novembro, o presidente do Fed, Jerome Powell, deixou transparecer preocupação com o aumento de juros e aperto das condições financeiras e mencionou a preferência pela manutenção de juros. A reunião do comitê de política monetária em dezembro confirmou a manutenção dos juros no intervalo 5,25%-5,50% e deixou claro que o último aumento de juros foi mesmo em julho 2023. O discurso mais dovish fez o mercado antecipar ainda mais a expectativa do primeiro corte de juros. Em outubro, o mercado esperava o primeiro corte em julho/24, ao final de dezembro/23, isso mudou para abril/24, e, ao final de 2023, o mercado futuro projetava
o primeiro corte já na reunião de março/24.